3 de agosto de 2009

Um espaço inadequado para o amor.


O ideal seria balancear os modelos de relações do passado, com esse ceticismo que tem-se hoje. A vida nunca será um conto de fadas, mas não precisa ser um pandemônio como foi moldada atualmente.

Não da pra se estabelecer sob os sonhos ou matemática. Probabilidade não é algo que se encaixa muito bem quando o assunto é sentimento. O panorama mudou muito em poucos anos, e tento entender em que parte do caminho deixamos o amor pra trás.

Antigamente não existia celular, telefone, internet e os carros ficavam na mão de poucos. Ainda assim as pessoas se encontravam. Ficavam tempos sem se ver, mas o sentimento não desaparecia. Hoje fica-se um dia sem falar com quem se ama e parece ser o fim do mundo; falta de caso do outro.

Amor não pode ser baseado na insegurança ou medo. O problema não é a traição, pois existe desde Adão e Eva. Um relacionamento vai muito além disso, e dificilmente o amor da sua vida é aquela pessoa que você conheceu semana passada e que possui todos os predicados do seu ‘ser humano ideal’.

É comum apaixonar-se fácil, criar expectativas e sonhar. Mas o amor verdadeiro vem com o tempo. É um somatório de todos os sentimentos. Somatório esse que possui defeitos também, porque não? Amar é saber conviver com as diferenças. É também ceder. Mais ainda compreender.

Será que o pouco caso com o amor é tão extremo, que esse afeto é comprado por flores e bombons? Amor é mais que isso, mas pra ele não cabe definição posto que é interpretado de formas diferentes por cada um. Não é algo que se generaliza ou descreve, mas que se vive.

Parece que nas ultimas décadas as prioridades mudaram. O que não deixa de ser verdade. As mulheres começaram a trabalhar, alguns homens passam mais tempo fazendo os afazeres do lar, os filhos se casam aos 30 e por aí vai. As prioridades terem mudado, tudo bem, pode ser um sinal de evolução. Mas estas passarem por cima do afeto, é um retrocesso. E daí que sua mulher ganha mais? Entenderam o ponto de vista?

Será que um dia o ser humano vai conseguir dar valor ao que realmente importa? Será que vai parar de banalizar algo que é fonte de locomoção do mundo?! Não dá pra deixar o amor ir embora. Falar de sonhos não pode ser algo banal.

Não tenho uma conclusão a fazer.

Isso é mais do que importante pra mim, e eu sei que minha essência vai além do comum, extrapola o obvio e nunca poderá ser julgada como banal.

Um comentário:

  1. lindo e verdadeiro! Compartilho da sua visão. Parabéns pelo texto. beijinhos!

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