9 de agosto de 2009

Traidoras dúvidas cruéis


Foto: uma aleatória achada no google.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar." Shakespeare.

Tudo que é novo da um pouco de medo.
Assusta quando não se tem certeza sobre a grandeza de determinado passo.
Fica-se petrificado pensando se sairá tudo como o planejado.
E juntamente com o temor, lado a lado, está a dúvida.Cruel.
Ninguém melhor que William a teria descrito. Traidora.
Novo trabalho, novo semestre, novas propostas, novo alguém.
O que é novo modifica, assusta mas beneficia. Revigora. A dúvida não trás consigo boas borboletas no estômago. Não é como o elogio do chefe, o primeiro lucro do próprio negócio, a nota alta, o olhar meigo de um possível estranho.
É mais como "esforço ou preguiça?", "livro ou boteco?", "ele ou eleS?". Não há quem diga que a situação é agradável. E se esse fosse o assunto em questão, não precisaria de um texto no blog. O dilema, erroneamente denominado, já estaria facilmente resolvido. Todos prefeririam as certezas, sempre.
O que me ocorre é algo no qual tenho refletido muito ultimamente: "Por que tomar a decisão certa, ou até mesmo a mais sensata, é tão difícil?"
Ou outra ainda pior: "Por que escolher?"
Seria tão simples se conseguíssemos conciliar. Agradar gregos e troianos.
Dormir até tarde e compensar no resto do dia.
Estudar até tarde e beber um pouco a noite.
Namorar com ele sem perder a festa com os amigos.
Porque escolher o seguro, torna-se tão complicado?
Tenho descoberto que o que, teoricamente, seria mais seguro, é mais difícil.
"Compensar o resto do dia" dá muito trabalho, e se não gostarem do seu serviço, você se esforça e ainda fica magoado. Fácil é ficar deitado na cama trocando os canais da tv.
"Estudar até tarde" te deixa com medo do resultado final. Não estudar, ir pro boteco, ficar na gandaia, só nos diverte. Quanto as notas, o que vier é lucro.
"Namorar com ele" em tese significa abdicar de tantas coisas que seus amigos nunca se importaram.

Mas percebi que ninguém gosta de se sentir inútil, ficar bêbado todo dia uma hora deve cansar e perceber que está ficando velho sem alguém ao lado, deve ser ainda pior.

E não foi só isso que descobri. Vi que não há nada no mundo que pague o sentimento de dever cumprido. Nada supera o que se sente quando se dá o melhor de si, seja onde for. Não dá pra comparar a percepção de enxergar que agregamos pessoas ao nosso redor, porque estas nos admiram.
É tempo de repensar, modificar valores e desbravar um mundo novo.
Aceitar que um dia ficaremos adultos é o primeiro passo.
Querer ser algo mais que 'ordinário' é o segundo.
E ter alguém do seu lado, isso, é a consequência.

4 comentários:

  1. Então, bom é ser alguém útil na vida, que se esforça e que ainda tem companhia enquanto se envelhece, haha :)
    E ter certeza e seguranças dessas escolhas, oras. Simples assim ;)

    E sim, não há sentimento melhor do que viver dando o melhor de si, é uma completude.

    Beijos Nina! ;*

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  2. E ah, ir equilibrando a vida. Não é tudo uma totalidade, nenhuma escolha é 100%, sempre dá para se encontrar um ponto de equilíbrio, e isso que é o necessário ;)

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